quinta-feira, 18 de novembro de 2010

VERSÃO MAIS RECENTE DE CHAPEUZINHO VERMELHO



A diretora do filme Crepúsculo (Twilight), Catherine Hardwick, vai lançar o seu mais novo filme intitulado  "Red Riding Hood", em português A Garota da Capa Vermelha (ou seja Chapeuzinho Vermelho, nome possivelmente substituído por aludir ao conto infantil e o filme parece ter outra proposta).

Vivemos um momento de revisitação aos textos que fazem parte do imaginário ocidental, o que pode facilitar o sucesso de bilheteria de um filme, levando o espectador mais facilmente a adesão (ou até mesmo identificação), pois verá no filme elementos reconhecíveis, que façam sentido.

Um dos sentidos se dá pela referência ao conto Chapeuzinho Vermelho, mas há também referência ao mito do amor romântico com os seus mitologemas: o amor proibido, o mistério, o perigo, a disputa, entre outros. Somado a tudo isso, temos o elemento fantástico.  

A protagonista nos faz lembrar tantas outras personagens centrais. A questão é: o filme funciona como escape ou como sedimentação do que já existe? Por que ativar a memória coletiva a partir de uma narrativa popular onde as mulheres correm riscos e são disputadas por homens? Que tipo de discurso de empoderamento é este? O que temos no nosso mundo real que faz lançar os jovens a narrativas seculares permeadas de herois e heroinas, de bons e maus, de desejos aparentemente irrealizáveis, mas que ao final são alcançados? O que essas narrativas trazem de novo (além dos efeitos especiais) e que possam responder às expectativas dos jovens hoje?

Um comentário:

  1. chapeuzinho em versão mulher de malandro...socorro deus!
    acho que será uma boa oportunidade para discutir em sala de aula a questão dos gêneros [tanto textuais como sexuais] e comportamento da mulher moderna frente ao ainda presente retrocesso.
    verei o filme!

    abraços!^^

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