It's where we hadn't been, it's where the enemy still was, and it's where the population is,"
(a senior Administration official).
Assisti ontem a dois filmes bem diferentes entre si. Na sessão de 16h30, assisti "Simplesmente Complicado" (It's Complicated), escrito e dirigido por Nancy Meyers e às 21h10 "Guerra ao Terror" (The Hurt Locker), dirigido por Kathryn Beglow com roteiro de . O primeiro é uma comédia romântica com Meryl Streep, Alec Baldwin e Steve Martin e o segundo conta com atores menos populares como Jeremy Renner e Anthony Mackie.
Guerra ao Terror foi uma iniciativa militar deflagrada pelos Estados Unidos após o atentado do dia 11 de setembro e teve o intuito de criar uma ofensiva contra os ataques aos Estados Unidos" e para isso o país invadiu e ocupou os territorios do Afeganistão e Iraque em 2001. A estratégia militar deu-se no governo de George W. Bush que deu à guerra uma conotação religiosa ao atribuir epitetos como "Cruzada contra o Terror" e "Eixo do Mal". Com base nisso, o Mark Boal escreveu o roteiro que, nas mãos de Katryn Beglow, se transformou em um filme completamente diferente de qualquer um outro do gênero.
O filme é feito com a câmera na mão, dando maior movimentação às cenas e efeito de realidade. Além disso, o filme provoca reações distintas se compararmos a alguns outros do gênero, pois ele não incita o ódio e dificilmente o espectador toma algum partido, apesar da protagonização ser norte-americana. O seu final quebra com a linearidade da narrativa tradicional com começo meio e fim e mostra um tempo cíclico, com ações e espaços sendo revisitados rotineiramente, informando ao espectador com profundidade que um novo dia para aqueles militares nada mais é do que o recomeço do anterior. É um filme que não faz jorrar sangue na tela, apenas uma cena forte quando o protagonista retira um explosivo de dentro do abdomen do menino. Fora isso, é um filme de pouca peripécia e confrontos violentos, se comparado aos clássicos como Platoon, de Oliver Stone. Até mesmo a masculinização é atenuada e a troca de socos entre os militares nos faz lembrar as brincadeiras de menino.
O filme é feito com a câmera na mão, dando maior movimentação às cenas e efeito de realidade. Além disso, o filme provoca reações distintas se compararmos a alguns outros do gênero, pois ele não incita o ódio e dificilmente o espectador toma algum partido, apesar da protagonização ser norte-americana. O seu final quebra com a linearidade da narrativa tradicional com começo meio e fim e mostra um tempo cíclico, com ações e espaços sendo revisitados rotineiramente, informando ao espectador com profundidade que um novo dia para aqueles militares nada mais é do que o recomeço do anterior. É um filme que não faz jorrar sangue na tela, apenas uma cena forte quando o protagonista retira um explosivo de dentro do abdomen do menino. Fora isso, é um filme de pouca peripécia e confrontos violentos, se comparado aos clássicos como Platoon, de Oliver Stone. Até mesmo a masculinização é atenuada e a troca de socos entre os militares nos faz lembrar as brincadeiras de menino.
Guerra ao Terror é um misto de força bruta com dilemas existencias, pois o filme é um convite para o espectador implodir do que explodir, já que o lança para a reflexão e não para a comoção. Saímos do cinema estranhos, com uma sensação de desconforto porque o filme não nos apresenta uma solução, nem uma saída, ao contrário, nos deixa desconfortáveis e com uma sensação de que o problema persiste. Nada parece fazer sentido aos olhos daqueles militares. Eles vão para um outro país desarmar bombas espalhadas pelas ruas ou pelos corpos das pessoas.
A fugacidade da vida e a consciência de que estão cumprindo uma tarefa pela qual sequer serão lembrados deixam os soldados imersos em uma atmosfera de incertezas quanto as chances reais de saírem vivos. A cada missão um risco. De forma magistral, Bigelow nos mostra uma guerra sem heróis, onde um dia é apenas uma tênue linha que separa a vida da morte. Os close ups das cenas mostram o interesse em captar as emoções dos militares e são raras as passagens em que há o contato físico o que geralmente ocorre com os filmes tradicionais de guerra. Nesse, Bigelow enfatiza a inteligência, o autocontrole, as emoções, enfim, uma guerra subterrânea tal como os explosivos escondidos nas ruas iraquianas e afeganistãs.
A fugacidade da vida e a consciência de que estão cumprindo uma tarefa pela qual sequer serão lembrados deixam os soldados imersos em uma atmosfera de incertezas quanto as chances reais de saírem vivos. A cada missão um risco. De forma magistral, Bigelow nos mostra uma guerra sem heróis, onde um dia é apenas uma tênue linha que separa a vida da morte. Os close ups das cenas mostram o interesse em captar as emoções dos militares e são raras as passagens em que há o contato físico o que geralmente ocorre com os filmes tradicionais de guerra. Nesse, Bigelow enfatiza a inteligência, o autocontrole, as emoções, enfim, uma guerra subterrânea tal como os explosivos escondidos nas ruas iraquianas e afeganistãs.
Se o filme vai ou não ganhar o Oscar, eu não sei, mas penso que ele destaca um momento muito delicado e vivo na memória recente dos norte-americanos, em relação a 11 de setembro, e atual, já que as investidas militares ainda continuam.
FICHA TÉCNICA
título original:The Hurt Locker
gênero:Drama
duração:02 hs 11 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.thehurtlocker-movie.com/
estúdio:First Light Productions / Kingsgate Films / Grosvenor Park Media
distribuidora:Summit Entertainment / Imagem Filmes
direção: Kathryn Bigelow
roteiro:Mark Boal
produção:Kathryn Bigelow, Nicolas Chartier, Mark Boal e Greg Shapiro
música:Marco Beltrami e Buck Sanders
fotografia:Barry Ackroyd
direção de arte:David Bryan
figurino:George L. Little
edição:Chris Innis e Bob Murawski
Fonte: www.adorocinema.com.br (ficha técnica)
FICHA TÉCNICA
título original:The Hurt Locker
gênero:Drama
duração:02 hs 11 min
ano de lançamento:2009
site oficial:http://www.thehurtlocker-movie.com/
estúdio:First Light Productions / Kingsgate Films / Grosvenor Park Media
distribuidora:Summit Entertainment / Imagem Filmes
direção: Kathryn Bigelow
roteiro:Mark Boal
produção:Kathryn Bigelow, Nicolas Chartier, Mark Boal e Greg Shapiro
música:Marco Beltrami e Buck Sanders
fotografia:Barry Ackroyd
direção de arte:David Bryan
figurino:George L. Little
edição:Chris Innis e Bob Murawski
Fonte: www.adorocinema.com.br (ficha técnica)
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