quinta-feira, 23 de junho de 2011

Katryn Bigelow e Mary Shelley

Uma postagem rápida. Lendo sobre Frankenstein, vi o seguinte enunciado proferido por Mary Shelley e que poderia ser parafraseado por qualquer mulher de hoje, inclusive Katryn Bigelow:

Como é que eu, então uma jovem, pude pensar e discorrer sobre um assunto tão horrível?”( SHELLEY, 2002, p. 5).
Guardando as devidas proporções e considerando que Shelley tinha 18 anos quando começou a escrever a sua história, o que a aproxima de Bigelow é o fato de que ainda se vincula os gêneros das narrativas ao sexo. Shelley questiona-se sobre a sua pouca maturidade e pouco traquejo em um gênero que a consagraria, muito embora fique implicitado que a dificuldade também estava atrelada ao fato de ser a única mulher do grupo.

Bigelow, no século XXI, mostra que os gêneros narrativos ainda estão atrelados ao gênero.  De qualquer sorte, ambas entraram em uma espaço de pouco ou nenhum acesso às mulheres: as narrativas de terror (embora criadoras delas) e de guerra. 

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