domingo, 7 de março de 2010

OSCAR

A noite do Oscar sempre foi um dia especial para mim desde a minha adolescência. Ficava até tarde esperando ver os premiados da noite, os personagens fora de suas cenas, igualente glamourizados, ou ao contrário aquele personagem roto, estropiado, que aparecia vestido extraordinariamente em traje de gala. Era sempre uma experiência fascinante, de expectativas. Lembro-me muito bem das apresentações de Billy Cristal, um ator de veia comediante, e depois Woophi Goldberg, uma atriz que segue uma mesma linha. Com o avançar do tempo fiquei menos assídua e fui me distanciando das apresentações.

Gostava de ver as explicações sobre cada atividade técnica e a forma de mostrar ao público comum o que era um efeito especial, uma montagem, a fotografia de um filme e a importância do som e da trilha sonora. Ainda que mostrados muito rapidamente, nos dava uma noção sobre o que se estava premiando. A verdade é que esperávamos sempre pelos prêmios de melhor ator, atriz, diretor e filme, pois os outros faziam parte de um trabalho de muito pouco interesse do público não especializado, até porque não foram educados para tal apreciação. Fotografia, montagem, som, figurino, exibiam rostos desconhecidos, ao contrário das outras categorias já mencionadas.

No ano passado, eu achei inovadora a forma de eles apresentarem o prêmio de melhor ator e atriz. Cinco portas se abriam no fundo do palco e de lá saíam os artistas que já haviam sido premiados em eventos anteriores. Eles(as)faziam um breve comentário sobre a atuação do ator ou da atriz que concorria ao prêmio naquele ano. No final, os artistas (atores e atrizes também)cumprimentavam o/a vencedor/a. Essa confraternização no palco foi uma estratégia muito boa no sentido de atribuir ao ritual de premiação um toque mais acolhedor e humano. O fato de os artistas já terem passado por aquele momento criou uma ambiência acolhedora e fraterna. Talvez contagiados pelo efeito Obama que em seu discurso de posse sugeria visivelmente o fortalecimento de laços internos, empreendendo um tom pacifista, de união e solidariedade, em seu discurso.    

Hoje assistiremos a mais uma exibição. Eu, muito particularmente, torcendo por Kathryn Bigelow, na categoria de melhor direção de longa-metragem, e Meryl Streep, na categoria de melhor atriz. Filme? Guerra ao Terror, claro!

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